LISTA DE VIAS
O objetivo de uma lista de vias é mostrar ao responsável técnico do espaço onde levarás o espetáculo, quais as tuas necessidades de inputs e inserts. A lista de vias é uma parte fulcral do rider técnico.
Esta lista de vias ditará como queres que seja montado o espetáculo e esteja na mesa de som, pela ordem de vias apresentado. Normalmente é construída pelo técnico de som responsável pelo projeto e que irá operar o espetáculo. Normalmente esta lista de vias tem a forma de uma tabela com 5 colunas.
A primeiro coluna é referente ao número da via / canal da mesa de som.
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A segunda coluna é referente ao tipo/nome do instrumento em questão.
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A terceira coluna mostra-nos qual o tipo de microfone (ou D.I.) é necessário para o instrumento.
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A quarta coluna menciona os inserts necessários como compressores, reverbs, etc.
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A quinta coluna diz-nos qual o tamanho e tipo do tripé necessário para o microfone Não aplicável em caso de D.I. boxes.
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A sexta coluna é uma coluna de observações / notas onde poderás adicionar alguma nota específica.
Todos os microfones, tripés entre outros que tens na lista de vias, o produtor do evento vai alugar de propósito para ti. Por isso, caso leves algum que queiras utilizar, por favor informa o produtor para que este não desperdice dinheiro.
Exemplo de uma lista de vias simples utilizada em alguns espetáculos de Trios
ViaInstrumentoMic/DIInsertsTripésObsv
01 BomboShure Beta 52Gate, CompPequeno
02 TarolaShure SM57Gate, Comp, ReverbMédio
03 ChoqueAKG C451Gate, ReverbMédio
04 RideAKG C391BGate, ReverbMédio
05 Cajon FrenteM88Reverb, DelayPequeno
06 Cajon TrásM88Gate, CompPequeno
07 GACDIReverbN/A
08 Voz FranciscoBeta58Reverb, DelayMédio
09 Voz MárciaBeta58Reverb, DelayMédio
10 Voz DanielBeta 58Reverb, DelayMédio
Os 5 passos para a gravação de uma música.
Todos os passos para a gravação de uma música. Uma música profissional até estar pronta para ser ouvida pelos fãs de qualquer projeto passa por vários passos.
1) Composição
Há tantas formas de criar uma música que não quero perder muito tempo sobre este assunto. Deixo aqui uma nota essencial sobre a importância de ensaiares muito antes de ir gravar. Costuma-se dizer que a “prática leva à perfeição” e isso passa para a música. Quanto mais ensaiares mais facilmente detectarás oportunidades de melhoria da tua música e terás tempo para a alterar antes da gravação.
2) Captação
A captação é o ponto crítico neste processo. Ainda que hoje o equipamento profissional esteja acessível “ao comum mortal”, qualquer música que ambicione ser profissional, deve ser captada por profissionais em ambientes adequados. Para a captação de qual instrumentos há diversos fatores que influenciam: a sala onde o mesmo é gravado, o material que é utilizado para a gravação, a forma e o local onde os microfones são colocados mas também a preparação do músico que está a gravar.
3) Edição
Ninguém é perfeito. Todas as gravações têm sempre pequenos erros que podem ser editados de forma a que fique exactamente como nós queremos. O processo de edição é moroso mas fará toda a diferença no . Neste processo, o engenheiro de som (ou até o músico) irá acertar a tal tarola fora do sítio, cortar a respiração do vocalista ou até cortar alguns instrumentos em certa parte da música para conseguir o melhor resultado possível.
4) Mistura
Depois da gravação e edição, temos várias pistas separadas por cada instrumento. A mistura trabalhará cada gravação individual forma a que se crie um ficheiro stereo definido e equilibrado.
Sabe mais sobre o processo de mistura em estúdio no nosso artigo sobre mistura.
5) Masterização
A masterização irá dar o toque final à música preparando o tema para ser ouvido em qualquer ambiente. Sabe mais sobre masterização no nosso artigo sobre masterização.
O que é a mistura e porque é tão importante?
A mistura é o 4º passo da produção de uma música até chegar aos teus ouvidos. A mistura só acontece depois da gravação e edição de todos os instrumentos (incluíndo voz). Vamos neste blog entender, de forma sucinta, o que é a mistura e quais os passos mais comuns na mesma. Esta mistura poderá ser em estúdio ou ao vivo. Neste post iremos tratar da importância deste processo em estúdio.
No inicio do processo, o engenheiro de som tratará cada pista de forma individual de forma a tirar o melhor som de cada uma. Devemos entender “pista” como cada instrumento. Normalmente, cada pista passa por:
1) Equalização
A EQualização ajudará a tornar cada instrumento mais definido retirando frequências que não interessam e estimulando outras que não foram captadas
2) Níveis e Panorâmicas
Além de irem nivelando volumes de forma a tornar tudo mais audível, um dos processos mais utilizados é o explorar as panorâmicas de forma a dar uma maior abertura à mistura e aproveitar o efeito “stereo”.
3) Compressão
A compressão é o processo de ajuste de dinâmicas de um som gravado de forma a que fique mais uniforme. Ao passar um som pelos compressores, este vai amplificar as partes mais baixas e atenuar as partes mais altas. Como qualquer outro processo da mistura, a compressão dará uma linguagem completamente diferente à música.
4) Efeitos
Reverb e Delay são dois dos processadores de efeitos mais comuns de ouvir em músicas rock / pop / hip-hop. O reverb permitirá dar ao instrumento gravado em estúdio um ambiente diferente. Isto é, dará ao som algumas reflexões que farão soar melhor. Já o delay (também conhecido por eco) é a repetição de um determinado som num tempo especifico e controlado. Este efeito ajudará a dar groove ao instrumento bem como a enriquecer a sonoridade da música quando bem utilizado.
5) Outros efeitos, compressões ou automatizações
Outros efeitos poderão ser ainda acrescentados para tentar criar o tipo de som pretendido. No início do processo, poderá ser necessário utilizar um “gate” que irá limitar o ruído da sala na gravação em tempos de silêncio. Ao misturar poderá ser necessário ainda afinar alguma nota que não ficou tão boa na gravação como esperado através de um “Pitch corrector”. Todos estes efeitos poderão ser atribuídos em apenas uma parte da música e a esse processo chama-se “automation”.
Em resumo, a mistura é um processo complexo que fará com que o a tua música fique clara, com os instrumentos definidos e equilibrados.
Lembra-te, para uma boa mistura é necessário uma excelente captação. Não é na mistura que vais resolver problemas de gravação mas na gravação poderás evitar vários problemas na mistura
O que é a masterização e para que serve?
Masterização é o processo final da criação musical. Masterização vem de “criar um master”, isto é, dar o tratamento final à música de forma a estar pronta para escuta dos ouvintes.
Esta fase sucede à mistura da música. O engenheiro de som pegará num ficheiro stereo que está preparado para receber o brilho final e fazer com que a boa mistura sobressaia.
A masterização irá corrigir / melhorar o balanço entre frequências criado na etapa da mistura. De forma simples, é através desta fase que se consegue um equilíbrio entre os graves, médios e agudos. Para isto o técnico de masterização irá trabalhar a equalização, a compressão através de compressores multi-bandas e limitadores, entre outras ferramentas que ajudarão a música a soar “profissional”. Este equilíbrio fará com que a música soe bem em vários ambientes tão diferentes como uma discoteca, um carro, uns headphones ou umas colunas baratas.
Através deste tratamento é normal que a música soe “mais alto” ou com “mais força”. No fundo, esta compressão final irá trazer uma consistência de volume e sonoridade a todo o álbum. Esta consistência é o que te faz ouvir um álbum do início ao fim sem notar diferenças de níveis, equilibrados e com uma linguagem comum entre as mesmas.
Depois deste tratamento, este processo fica concluído com a preparação para a distribuição do tema/álbum. Preparar o disco para ser copiado, convertendo-o para os formatos apropriados com todas as informações necessárias.
Mitos sobre masterização
Não existe uma boa masterização sem uma excelente mistura. Tantas vezes oiço dizer: “a gravação não ficou boa mas depois dou um jeito na mistura”. Ou então “esta mistura não está grande coisa mas a masterização depois dá-lhe o que lhe falta”. Não podiam estar mais errados. Para uma boa mistura é necessário ter efectuado uma boa captação e para uma boa masterização é essencial ter conseguido uma excelente mistura.
Já existem vários profissionais em Portugal totalmente dedicados a masterização. Na CBA RECORDS, a masterização é dos serviços mais requisitados pelos nossos habituais clientes.
10 pontos para uma boa repérage
Vais fazer uma repérage? Leva uma camera e um caderno para apontares todos os detalhes de cada local. Nunca te irás lembrar de todos os detalhes.
O objetivo da repérage é conseguir decidir sobre os melhores locais para filmar momentos do próximo videoclipe.
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Recolhe fotografias ou videos do local e espaço envolvente. Poderás fotografar locais mais ao pormenor caso consideres importante mas o ideal é ter planos gerais e abertos com a maior informação possível.
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Verificar com quem deves falar para garantir que tens uma autorização para a realização desta filmagem.
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Verificar e anotar todas as fontes de luz natural (janelas, claraboias, portas que tenham que estar sempre abertas
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Verificar e anotar todas as fontes de luz artificial permanente ou não.
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Verificar de onde nasce o sol e onde se põe.
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Verificar e anotar todas as fontes de electricidade existente e se possível as suas potências. Anota qual a distância entre o ponto de energia mais próximo e o local onde o material da equipa de filmagem vai ficar (para luzes, carregadores, computadores, etc). No caso de ser uma mega produção e tiveres que alugar um gerador, verifica o lugar do gerador e a distância que ficará do local de filmagem.
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Verificar e anotar todos os acessos ao local. Lembra-te que provavelmente terás que levar bastante material e bons acessos são imperiais nesta decisão.
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Verificar e anotar se existem casas de banho perto para toda a equipa. Será necessário conversar com os responsáveis explicando a situação e pedindo / negociando uma solução para isto (exemplo: um café público).
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Verifica onde poderão estacionar toda a equipa artística e técnica.
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Definir locais para backstage / zona técnica.
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Aponta todas as informações que consideres cruciais para que sejam medidas.